A água é um produto refrescante, hidratante, saudável e sem calorias. Pode ser bebida sem restrições e serve para inúmeros outros usos essenciais para a nossa vida. Por representar quase dois terços do nosso organismo, não há dúvidas de que a água é de extrema importância para nos mantermos não só saudáveis, mas vivos. Para a nutricionista Lilian Gullo, beber água é um hábito indispensável: “Todos os organismos vivos apresentam de 50% a 90% de água em sua composição e o próprio corpo humano é constituído em 70% por água, que, em constante movimento, hidrata, lubrifica, aquece, transporta nutrientes, elimina toxinas e repõe energia, entre inúmeros outros benefícios”.
A quantidade adequada de líquido que devemos tomar, de acordo com os especialistas, pode variar entre um litro e meio a três litros por dia. De acordo com Lilian, beber água deve ser um ato frequente, independentemente da sede que sentimos. “É recomendada a ingestão de um copo de 200 ml de água por hora em que se estiver acordado. Não adianta deixar para tomar os dois a três litros de água necessários diariamente de uma só vez”, recomenda a nutricionista, explicando que o excesso pode ser prejudicial. “A água precisa ser ingerida de forma constante e sem exageros. Estudos mostram que o estômago capacita apenas 12 ml por hora, ou seja, um adulto não conseguirá tomar mais de 1 litro de uma só vez sem ‘passar mal'”, adverte. É bom lembrar, ainda, que a sede é um sinal de desidratação. “Uma forma de se observar se a quantidade de água está adequada é através da urina, que deve ser incolor. Quanto mais forte for a cor da urina, menor foi a ingestão de água”, indica Lilian.
“O consumo correto durante o dia é um excelente diurético, ajudando na eliminação de toxinas e, consequentemente, diminuindo edemas (inchaços)”.
“É sempre bom evitar bebidas alcoólicas ou refrigerantes, que apesar de serem diuréticas, acabam evitando que se beba água (além de não serem tão saudáveis). Evite também a ingestão de água pelo menos meia hora antes das refeições, para não prejudicar a digestão”, aconselha Lilian.
Fonte: www.bolsademulher.com
Você chega em casa, solta a bolsa, lava as mãos, abre a geladeira e mata a sede com um refrescante copo d’água. A caminho do banho, dá um alô para as queridas plantas e constata que estão precisando ser regadas. Isso você fará com prazer, já a louça esperando na pia e as roupas de molho na máquina de lavar, ih, melhor esperar a diarista cuidar dessa parte amanhã. Muito bem. Agora faça uma pausa e volte ao começo da matéria. Entre em casa novamente e imagine o seu mundo sem água. Não dá sequer para conceber a ideia, não é mesmo? Segundo especialistas, se não começarmos a cuidar das reservas de água do planeta já, ficaremos sem esse precioso líquido.
Dia 22 de março é a data escolhida pela Organização das Nações Unidas para celebrar o Dia Mundial da Água. Mais do que uma comemoração, é um momento para conscientizar a população do planeta a respeito dos problemas relativos à escassez deste elemento indispensável à vida. Cerca de dois terços do corpo humano são constituídos de água, assim como a superfície terrestre, que tem dois terços de sua composição líquida. É o elemento que melhor simboliza a essência humana. No entanto, embora a Terra seja conhecida como o “planeta azul”, a água disponível para consumo não é tão abundante como se pode imaginar.
“Embaixo do solo brasileiro encontra-se 97% da água potável subterrânea em estado líquido do planeta.”
Aproximadamente 97% da água do planeta é salgada. Pouco mais de 2% é doce, mas não está disponível à população, pois encontra-se na forma sólida, em geleiras, calotas polares e neves eternas. Sobra menos de 1% – na verdade, cerca de 0,3% apenas – de água potável para o uso, em rios, lagos e reservatórios subterrâneos. Além disso, menos de 1% dessa água doce disponível provém de fontes consideradas renováveis. “O risco da falta de água é um fato. O homem está cada vez mais se concentrando em cidades – 82% da população brasileira vive em áreas urbanas. Isto gera uma demanda excessiva por água”, afirma o engenheiro e ambientalista David Zee, professor do Departamento de Oceanografia e Hidrologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A situação é grave no mundo inteiro (especialmente no Oriente Médio, que conta com pouquíssimos recursos), mas podemos dizer que o Brasil é privilegiado. O país conta com cerca de 12% da concentração mundial de água doce e, segundo a Unesco/ONU, possui o maior volume de água doce renovável, com mais 6.220 bilhões de metros cúbicos a serem aproveitados. Embaixo do solo brasileiro encontra-se 97% da água potável subterrânea em estado líquido do planeta. “O Brasil é uma das grandes reservas hídricas do mundo, mas a maior parte da água potável está no Norte e no Nordeste, enquanto a população se concentra nas regiões Sul e Sudeste do país. A demanda é desproporcional”, compara David Zee.
Para o professor Zee, um dos principais problemas a serem solucionados é a acessibilidade à água que se encontra debaixo do solo. A maior reserva de água doce subterrânea do mundo está no aquífero Guarani, localizado na região que engloba o centro-sul do Brasil, o nordeste argentino, o Paraguai e o Uruguai. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Ambiental e Agropecuária (Embrapa), a água no local é de ótima qualidade e suficiente para abastecer o país inteiro por dois milênios. “Para retirar a água que está subterrânea, é preciso investimentos em tecnologia avançada, o que gera um aumento do custo para quem vai consumi-la. Temos a maior parte do aquífero Guarani sob o território brasileiro. Mas a viabilidade do seu uso depende dos custos (de bombeamento) e da avaliação dos impactos e da poluição que seriam gerados”, explica David.
“Para cada mil litros de água usados, outros 10 mil são poluídos.”
Apesar de ser ainda pouco aproveitada, a água mineral do aquífero tem sido extraída por algumas empresas, fato que preocupa alguns ambientalistas.A água é um recurso natural reciclável. Na superfície ela se evapora, forma nuvens e volta à terra através de chuvas e neve, que escorrem para os rios, lagos e subsolo, fazendo um processo cíclico. Entretanto, a poluição e a contaminação, além de outros fatores como a destruição de mananciais, o assoreamento de rios e lagos e a impermeabilização do solo, comprometem o volume de água potável e reutilizável. “Cerca de 20% da origem da água que usamos provém dos esgotos. O tratamento eleva os custos. Muito poderia ser resolvido com a otimização do uso. Para dar um exemplo de utilização errônea: a água das torneiras, e até que usamos para beber, é a mesma dos vasos sanitários”, observa David Zee.
O professor lembra que a mudança nos hábitos da população é de vital importância e não apenas um apelo exagerado dos ambientalistas: “O desenvolvimento de tecnologias, aliado aos costumes, pode aliviar bastante esse panorama negativo. Na Europa, que está mais atenta à questão da escassez da água, é comum minimizarem o consumo. Aqui, vemos muito desperdício e mau uso”, diz.
E o tanto de água salgada que há na Terra não poderia ser convertida em água potável? “De fato, isso é possível. Mas mais uma vez nos deparamos com os custos – no caso, da dessalinização. Acredito, contudo, que é provável que este processo futuramente acabe se transformando numa solução, se não tentarmos logo reverter a situação atual”, conclui David.
Faça a sua parte
Se cada ser humano do planeta fizer a sua parte e a água potável for devidamente preservada, não precisaremos nos preocupar com a sua falta. Confira algumas dicas básicas para evitar o desperdício:
– Escove os dentes e se ensaboe no banho com as torneiras fechadas. O mesmo vale para lavar a louça e para fazer a barba. Com a torneira aberta durante todo o “processo”, o gasto ultrapassa os 20 litros. Se você não está usando a água naquele momento, por que deixá-la ir embora?
– Ao lavar o carro, utilize um balde. Um banho de mangueira de meia hora gasta mais de 500 litros de água, enquanto o uso de baldes consome cinco vezes menos. O mesmo acontece ao limpar a calçada.
– Use a máquina de lavar somente quando estiver cheia de roupas.
– Para molhar as plantas, regue só o necessário e, de preferência, nas horas menos quentes do dia (logo pela manhã é o ideal para as plantas e para evitar desperdício). E se a meteorologia prever chuva, a necessidade de água para regar diminui bastante.
– Evite banhos muito demorados e o uso de banheira.
– Fique atento a possíveis vazamentos. Uma dica é conferir sempre a conta de água e investigar gastos abusivos e repentinos.
– Verifique também as torneiras e feche-as bem. Torneira pingando, no final, acaba resultando em um grande prejuízo. São 46 litros desperdiçados por dia.
Fonte: www.bolsademulher.com
Brasil possui muitas fontes de águas minerais e marcas de qualidade, mas seu consumo ainda é baixo no país
Quem, neste verão escaldante, não gosta de matar a sede com água mineral geladinha, saudável, contida em um recipiente suado, preservando sua saúde com muito prazer? O motivo é simples: além de estar repondo o líquido perdido por seu organismo, com água pura e livre de impurezas, está também restituindo sais minerais que são benéficos para sua vida.
É sabido que as águas minerais naturais, por sua composição química composta de sais provenientes do subsolo e livres da poluição externa, contribuem para uma vida com mais saúde. Nos rótulos dos recipientes das águas minerais toma-se conhecimento de sua composição, de sua origem, de seu nome, do local de sua fonte, de sua classificação, além de outras informações muito úteis e interessantes.
Cada tipo de água mineral tem uma característica própria, decorrente de fontes naturais ou artificialmente captadas, e possui composição química distinta das águas comuns, razão de sua ação medicamentosa. Algumas são gasosas por natureza. Outras, por ocasião de seu envasamento, recebem artificialmente gás ficando por igual saborosas.
É recomendável, em razão das características individuais de cada tipo de água mineral, e da necessidade orgânica de cada indivíduo, procurar sempre orientação médica para saber qual água pode ajudar no tratamento de certas enfermidades.
No Brasil o consumo de água mineral ainda é muito baixo, comparando com outros países e principalmente levando-se em consideração a grande quantidade de fontes e marcas distintas existentes em nosso país. A maioria dos brasileiros ainda não se acostumou a consumir o produto. Depois de devidamente orientado por seu médico, beba água mineral, e isto deve ser feito sem moderação.
Fonte: Correio Carioca
Que beber água mineral faz bem, já sabemos há muito. Mas parece que o líquido tem sido cada vez mais valorizado pelos consumidores e pelas empresas – talvez por causa da própria polêmica em torno da possível escassez no mundo, aliada às discussões sobre aquecimento global e à atual preocupação com questões ligadas à alimentação saudável e dietas. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam) informam que o consumo de água engarrafada no Brasil triplicou nos últimos dez anos.
São cerca de 400 marcas diferentes de água mineral entre nacionais e importadas. Ainda assim, os brasileiros ficam atrás quando comparados aos europeus: enquanto bebemos, em média, 30 litros de água envasada por ano, na Europa, o consumo chega a mais de 120 litros por pessoa.
Segundo o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, a porcentagem de consumo de água mineral no Brasil cresce dois dígitos a cada 12 meses há mais de cinco anos. “A perspectiva é de que haja ainda um aumento de 15%. Em 2007, foram 6,8 bilhões de litros comercializados aqui. Atualmente, o Brasil é o 10º país na lista de maiores consumidores da bebida”, destaca Lancia. “Hoje, temos 400 fontes, e o número só tem aumentado. Cerca de 30% das reservas de águas minerais do mundo estão no território brasileiro”, completa.
Quem pensa que água é simplesmente água e ponto final está redondamente enganado. Basicamente, ela pode ser a que sai das torneiras, tratada pela rede pública, a mineral natural, que é envasada direto da fonte, e a que contém adição de sais artificialmente em laboratório. Carlos Alberto Lancia ressalta que a água mineral tem propriedades medicamentosas. “É colocado na garrafa o que veio da natureza. Ela não passa por nenhum tratamento. A água da fonte entrou em contato com rochas, sedimentos, algas e outros elementos naturais que a afetam; por isso, ganham componentes como sódio, cálcio, magnésio”, descreve. O tipo de ação no organismo vai depender justamente dos sais minerais e de características físico-químicas, como radioatividade.
Entre as minerais, há diversas variedades disponíveis. Geralmente, são classificadas pelo tipo de fonte de onde vieram e pela composição química: “Há as radioativas, que ajudam a eliminar cálculos renais; as magnesianas, que ajudam a regular o intestino; as alcalino-terrosas, diuréticas, digestivas e com alto poder de hidratação; as alcalino-bicarbonatadas, que têm cálcio e favorecem a digestão, funcionando até como sal de frutas; as ferruginosas, que auxiliam nos casos de anemia; as sulfurosas, boas para quem sofre de sinusite; as gasosas naturais, que são digestivas; as oligominerais, leves, com baixo teor de sais; as fluoretadas”, enumera o presidente da Abinam. As variações dos componentes (informações nutricionais) podem ser verificadas no rótulo das garrafas.
Com tantos tipos diferentes, você ainda acha que aquela velha classificação que aprendemos na escola – de que a água é insípida, inodora e incolor – é verdadeira? Está na hora de rever seus conceitos. Sim, água tem gosto e cheiro, e isso não tem nada a ver com problemas sanitários ou falta de qualidade. Todos os elementos contidos na água mineral (e já vimos que não são poucos) influem no aroma que ela terá. “Fatores como o solo e o clima e o lugar de origem também definem o sabor e a qualidade. Águas de degelo e de fontes vulcânicas, por exemplo, vão apresentar gostos distintos”, afirma o consultor de enogastronomia e especialista em análise sensorial de bebidas Renato Frascino, considerado o primeiro “sommelier de águas” do Brasil. Isso mesmo. Renato Frascino faz degustação de água e já ministrou, no curso Universidade dos Sentidos, aulas que ensinam a avaliar o líquido. As técnicas de análise de água e de vinho são baseadas na mesma metodologia – a diferença é que a intensidade no paladar é claramente menor na degustação da primeira.
Segundo Frascino, foi-se o tempo em que a água era servida apenas para matar a sede. Hoje ela é a estrela da harmonização de pratos e drinks. “A sinfonia dos sentidos na alta gastronomia é composta por um trio: comida, bebida e água”, declara o consultor. De acordo com ele, já em 1970 havia cursos de análise sensorial de vinhos, azeites, destilados e água. Hoje, ele afirma que a sofisticação das águas de mesa vem se aprimorando e que muitas pessoas não abrem mão de escolher minuciosamente a “água ideal” para cada momento.
Fonte: www.bolsademulher.com